Muito recentemente conheci um blog que esta me tirando o fôlego, literalmente, a cada história que leio ali. O site Animais e o Espiritismo tem muitos relatos e outras informações relacionadas. Mas quero compartilhar esta história em particular, que acabou me deixando em lágrimas. Apesar de triste em partes, é belíssima também. Neste momento eu me identifico com a autora, Eliane Espírito Santo, e me emocionei muito com o que ela relata. Eu desde pequena tenho algo com cachorros pretos que entram na minha vida do nada, e algumas vezes partem assim também. Ainda não sei exatamente o que é, se é a mesma alminha que vai e volta, mas certamente algo acontece... por enquanto, deixo o texto lindo para reflexnao e talvez bálsamos para corações aflitos como esteve o meu, devido a sofrida partida do Francisco José.
Caminhos que Deus encontra para nos ensinar
O texto a seguir foi escrito pela amiga e
leitora do blog Eliane Espírito Santo.
Eliane, agradecemos imensamente por sua contribuição
na divulgação do amor, respeito, estudo da espiritualidade dos animais
não-humanos e por compartilhar essa bela história conosco.
“Vou falar de um lindo começo, quando ganhei o Tobe (dachshund) do meu pai, era ainda um filhotinho quando veio, mas o medo de perdê-lo sempre foi meu maior problema (...). Aos oito anos de idade, desenvolveu um tumor na cauda, porém não podia ser retirado, passou-se um tempo (quase dois anos), e notei que ele andava muito triste, foi então que uma amiga telefonou dizendo que havia achado um filhotinho de dachshund em péssimas condições ainda recém-nascido, quinze dias depois eu estava com ele em meus braços sem saber se ia sobreviver ou não. Quando chegou, notei um sinal em formato de coração em sua pele, pois pêlo quase não tinha, dei a ele o nome de Tico apelido de um amigo, mas o chamava carinhosamente de Tiquinho, ele passou por uma infância difícil e se tornou o melhor amigo de Tobe, trouxe alegrias infinitas para as nossas vidas com a sua chegada.
Passado dois anos, o tumor do Tobe “caiu” naturalmente,
eu e ele pulamos de alegria, sem saber que o pior estava por vir, pois o câncer
se espalhou por todo o seu corpinho fazendo morrer em alguns meses (acho que
três, às vezes eu não quero lembrar como foi), sei que nos últimos dias não
conseguia mais olhar pra ele e nem alimentá-lo, sendo feito isso por outra
pessoa que agradeço até hoje (não tive coragem de ver como ele estava, chorei e
choro até hoje por isso).
Me apeguei ao
Tiquinho como se fosse algo que não podia ter fim, mas deixei-o mais livre e
ele fez amizade com meu vizinho pescador, todos os dias eles iam pescar de
canoa, mas eu entendia, apesar do meu ciúme, não queria ele só pra mim (ele era
muito bom para ser de uma só pessoa).
Um ano depois meu vizinho quis levá-lo para a pescaria,
era domingo e eu disse que não queria que ele fosse, mas a minha vontade não
foi aceita e a dele prevaleceu, ele
morreu 5 minutos depois de eu ter o visto, foi atropelado na calçada por
uma carro. Meu vizinho chegou chorando avisando (todo sujo de sangue, por pouco
não morreu também), nesse momento eu só chorava, não escutava, não compreendia
e foi assim durante dias, disse a Deus “Onde que tu estas nessa hora? Eu o amo...
porque Deus fez isso comigo?”
Tudo o que estava guardado desde a morte do Tobe veio a
tona, até que passado uns dias eu sonhei com o Tiquinho, que dizia no corpo de
um rapaz (no sonho eu o via sair do corpo de cachorro e ficar humano), “Mãe eu
estou bem, eu quero que tu fiques bem, não chora mais”, desse dia em diante
acordei e fiz uma oração pedindo a Deus perdão por não ter acreditado nele.
Mas a vida tem caminhos que não compreendemos e eu ganhei
um cachorrinho que foi achado dentro de uma saco de lixo, todo cheio de feridas
e muito magro, cuidei, mediquei, amei, eduquei, mas 25 dias depois dele estar
totalmente bom, aparecem os donos pra reclamar, eu tive que entregar, mas
chorei mais um tantão (só falei pra Deus, eu sei, eu sei).
Um dia sem perspectiva de ter outro cãozinho, eu pensei
enquanto viajava, se papai noel existe eu quero um filho de quatro patas igual
ao Tiquinho, passou o Natal e nada. Em janeiro, meu irmão ligou dizendo que
havia achado uma cachorrinha SRD grávida nas ruas de Laguna, adotou e já
ofereceu um filhote para cada amigo e um ia ser meu (escolhi o nome já na
barriga da mãe, Elvis), dias depois ganhei uma Maltês já de seis anos e muito
debilitada com o nome de Lilica que eu a batizei carinhosamente de “Lili”. Uma
semana depois da Lili chegar, uma amiga veio me visitar, soube da minha
história com meus filhotes e perguntou se eu queria um dachshund que havia nascido
na véspera de natal (filho único, pois a mãe só teve ele), eu disse que sim
(pensei, papai noel existe), então chegou a Lili em uma semana, na outra o Titi
e depois por último o Elvis que nasceu só em fevereiro e veio com quarenta
dias.
Mas novamente Deus queria um novo aprendizado, e a Lili adoeceu, teve uma infecção generalizada e passou dezoito dias no meu colo, dia e noite, eu a vi definhar, dei comida na boca, dei água na boca, a levava pra fazer xixi, porque era a única coisa que ainda conseguia fazer, mas ela morreu no décimo nono dia, deixando muito sofrimento e aprendizado (chorei ao escrever isso relembrando os momentos de dor).
Lili (por Eliane)
Mas novamente Deus queria um novo aprendizado, e a Lili adoeceu, teve uma infecção generalizada e passou dezoito dias no meu colo, dia e noite, eu a vi definhar, dei comida na boca, dei água na boca, a levava pra fazer xixi, porque era a única coisa que ainda conseguia fazer, mas ela morreu no décimo nono dia, deixando muito sofrimento e aprendizado (chorei ao escrever isso relembrando os momentos de dor).
Mas novamente a vida e Deus tem seus meios, eu estava no
ônibus, quando o motorista parou para não atropelar uns filhotes, daí eu tive
que voltar e tentar salvá-los, mas como se fosse algo marcado para acontecer, já
havia um senhor os tirando e perguntei se era dele, ele disse que não, mas que
eu podia levar um, já botando no meu colo, foi então que tirei meu lenço do
pescoço e voltei pra casa com um filhote enrolado sem saber qual era o sexo.
Quando
cheguei, vi que era uma menina, fiquei tão feliz, era como se a Lili tivesse
voltando, essa era a sensação, e ela provou que era ela mesmo, fazendo coisas
que só a LILI fazia, “uma filhote”, ia dormir no meu travesseiro em cima da
cabeça, tinha ciúme de mim com as pessoas, quem conhecia a Lili a tratava igual
(como se fosse a mesma, sem notar que faziam isso), o mesmo cheiro doce da
Lili, mas apesar de, na maioria das vezes, a chamar de Lili, eu coloquei o nome
dela de Amy.
Amy (por Eliane)
O mais interessante que passado um ano de vida da Amy,
quando penso que isso pode ser tudo da minha cabeça, Deus, me prova o
contrário. Um dia veio um homem fazer um serviço aqui em casa, e ele disse “Meu
Deus! Que coisa mais linda, vem cá comigo vem Lili!”, depois se corrigiu, “É
Lili o nome dela, né?”...eu fiquei boba, sorri por não ter acreditado.
Hoje tenho cinco filhos adotados, Amy (reencarnação da
Lili),Titi (reencarnação do Tobe, tenho certeza disso), e as almas que Deus me
mandou, Elvis, Dingo e Fiona.
Agora sei que Deus não é culpado de nada em nossas vidas,
que ele me ensinou que todos vão de alguma forma, não importa de que forma, ou
em quanto tempo que se dá esse processo, se em anos, meses, dias, horas,
minutos ou segundos.
Que existe reencarnação de todas as formas. Que toda
forma de aprendizado, pode ser até dolorida, mas quando se compreende, podemos
nos dar o prazer de ter mais felicidade.
Estou grata a Deus, por conseguir escrever tudo isso.”
Fonte: Animais e o Espiritismo
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